PSOL Bahia promoveu Encontro Nacional do Setorial de Negras e Negros
Na manhã deste sábado(8) ocorreu o Encontro Nacional do Setorial de Negras e Negros do Partido Socialismo e Liberdade, na recém-inaugurada sede do PSOL Bahia, localizada no Campo Grande, centro da capital baiana. Extermínio da juventude negra, comunidades quilombolas, machismo, racismo, branquitude e candidaturas negras foram alguns dos temas discutidos durante o evento pelo militância da sigla.
Para o Presidente Estadual do PSOL de São Paulo, Jocélio Júnior, mais conhecido como “juninho”, existe um campo político importante que está sendo ocupado por setores “anti-partido” e “anti-esquerda”. Segundo ele, a ideia de “enegrecer” o PSOL ser dará a partir da nossa capacidade de dialogar para “fora”.
O militante chamou atenção para a necessidade da busca pelo “voto étnico” durante as campanhas eleitorais do Partido Socialismo e Liberdade neste ano. “Precisamos construir uma identidade visual dos nossos candidatos negros. Temos que pensar um grande “guarda-chuva” que possa envolver os negros e negras dos espaços urbanos”, salientou o socialista.
Segundo o Presidente do Diretório Municipal e pré-candidato a prefeito de Salvador, Fábio Nogueira, o PSOL ainda possui uma representação político-partidária branca. Para Nogueira, a disputa institucional é extremamente importante e o setorial de negros e negras do partido precisa estar sintonizado com o avanço conservador. "Vamos enfrentar agora Bolsonaro! Nossa plataforma deve estar articulada com a realidade da vida das pessoas. A ideia do voto racial é fundamental nesse processo. Não podemos permitir que a representação política negra caia nas mãos dos partidos conservadores”, pontuou o psolista.
Luciete Santos, integrante da Executiva Nacional, da Secretaria de Movimentos Sociais, participou do encontro em Salvador e lembrou que o PSOL de São Paulo, apesar de ser um Estado racista, homofóbico e excludente, elegeu um Presidente negro, oriundo da periferia. “ A eleição de juninho representa falar para fora e falar para dentro do partido. Temos mandatos que fazem embates diretos à continuidade do trabalho escravo. A nossa sociedade ainda sofre muito com os resquícios da escravidão!”, destacou a militante.
ASCOM PSOL BA
Equipe de Comunicação