Psol diz não à militarização da educação pública proposta pelo governo petista de Rui  Costa.

 

 

O PSOL manifesta publicamente repúdio a qualquer tentativa de militarização da educação pública no estado da Bahia e afirma preocupação referente a matéria recente com declarações do Governador Rui Costa propondo estender o modelo “ metodológico e filosófico” dos colégios militares aos colégios públicos estaduais.

A estrutura militarizada e seletiva dos colégios militares se contrapõe aos anseios sociais de um sistema educacional constituído de espaços democráticos de acesso para todos. Não se pode abrir mão da consolidação de uma educação gratuita, de qualidade, laica, com valores republicanos e socialmente referenciada.  Os princípios de pluralidade de ideias, a liberdade de aprender e ensinar, o direito ao conhecimento cientifico, artístico e humanístico são premissas inquestionáveis para uma educação cidadã.

Não é aceitável que um modelo de educação que tem como matriz reguladora os alicerces doutrinários da Forças Armadas, onde a disciplina e hierarquia se alia a obediência servil aos superiores militares, não esteja restrito a uma formação específica para carreiras militares. Não se deve firmar práticas e valores militares na formação e no cotidiano de civis.

O PSOL nesse momento se solidariza com professoras e professores da Bahia e propõe ao Governo do Estado que atue para a melhoria da educação, mas com   políticas públicas eficazes tendo sempre como foco a ampla participação dos profissionais de educação na gestão das políticas públicas em educação, a formação continuada, valorização e aumento salarial dos profissionais, atenção à saúde e alimentação dos estudantes e boas instalações escolares.  

Um mundo melhor, mais igualitário e fraterno é possível basta lembrar Paulo Freire: “Não existe tal coisa como um processo de educação neutra. Educação ou funciona como um instrumento que é usado para facilitar a integração das gerações na lógica do atual sistema e trazer conformidade com ele, ou ela se torna a "prática da liberdade", o meio pelo qual homens e mulheres lidam de forma crítica com a realidade e descobrem como participar na transformação do seu mundo.”

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Bahia, 18 de março de 2018
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